. as décadas que dizem respeito ao tempo vai entre 1956 e 2006, sendo que para Os Anos 50 ter-se-à que abrir mensagens antigas no fim da página de as décadas.
Os ANOS 10
2010
Cartaz da exposição na Galeria Vieira Portuense

A Paisagem do ninguém. Fotografias de montagens que juntam recortes, outras fotogafias e um sem número de objectos. Processo de formação de ideogramas que permite divagar pelas áreas das imagens fabricadas sem direcção determinada embora, subjacente, tenha um fio condutor para cada capítulo. A Paisagem do ninguém será reagrupada em seis vídeos, já em 2010: Entre o Ali e o Acolá; A Ordem dos Maiores; A Ordem dos Menores; A Ordem das Coisas; A Ordem do Silêncio; A Ordem do Sem-Sentido.
Na sociedade atomizada, nos grupos sociais rarefeitos, vislumbram-se mal as feições do "eu" de cada um. Então, dos retratos que se tiram, sublinham-se sinais exteriores que procuram indiciar quem os suporta e quem por ele é definido.Trata-se de a partir da justeza da linha, da eficácia do modelado, da congruência do claro-escuro, do acordo de tons, da justeza cromática, gerar a similitude do retrato com eles (os retratados) que, manifestamente pretendem ser reconhecíveis. Trata-se de dizer o que são sem nunca dizer quem são. São, meramente, Os Uns e os Outros.
.Outros afazeres foram imperativos. O trabalho de projecto no bairro da lata é intenso e quando termina inicia-se a teorização dos acontecimentos, a divulgação e debate.
A sedução da "arte" O Mestre Alberto Campos ensinava a pintar lidos ramos de flores, porque isso lhe pediam, mas pelo atelier também passavam modelos ataviados nos seus fatos domingueiros.
Nos tempos do aprender a biblioteca itinerante vem todos os meses e com ela os livros e fotos de pintura. E o contacto con o "exterior" fica por aí. A região de Barroso fecha-se em uma agricultura de subsistência, um comércio mínimo e poucos funcionários públicos. Esse outro mundo fascinante, o mundo das formas e das cores, está muito para além das fronteiras de isolamento do planalto barrosão.. sobre "a paisagem do ninguém"
- Comme tu le dis si bien : o sem discurso / o em siléncio / o nao sentido.Quand on me demande sur mes "œuvres" : qu'avez-vous voulu faire ou dire ?, je réponds : ça !La perception d'une démarche créative n'est qu'en rapport avec le talent éventuel, non de "l'artiste", mais de celui qui y porte son attention. Et ce qui est éventuellemnt intéressant, c'est l'impression, l'histoire que se raconte celui qui regarde. L'œuvre n'est que "catalyseur", paisagem do ninguém.Je crois comprendre que tu tentes, non d'exprimer (c'est-à-dire ce qui serait de l'ordre du langage, du partage, impossible), mais un "en-deçà" du langage/partage, hors des signes de la Culture et de ses conventions (a ordem dos menores).
Jean-Philipe Delacour
. sobre " os uns e os outros"
- [ ...] não teriam menos a dizer, nem seriam menores testemunhas presentes da vida ausente, do que as insinuantes formas humanas que Porfírio Pires deixa nas suas tela com o rigor e precisão das melhores técnicas da arte de pintar. Agostinho Costa
- Dono de um rigor técnico a toda a prova, observa pessoas anónimas em muitas situações e retrata as suas ausências
João Paulo Sacadura
-Nestas figuras misteriosas a cor reforça o lado clássico da pintura e uma vez mais se cumpre o objectivo de chegar ao lado humano e humanista de cada um.
Filipa Faria
M. José Afonso
- ... o artista montalegrense não transige na austeridade e força das suas criações telúricas.
. sobre a "amiba pesquisadora"
- Un corps étranger, crazy, sensuelle! Et lorsque vous touchez il nous pousse avec ses patrons dans un sens de l'érotisme indéfini et illimité.